O Nacionalismo na União Europeia: o inimigo em progressão




Cartoon: https://www.politico.eu/interactive/donald-trump-brexit-david-cameron-boris-johnson-angela-merkel-cartoon-this-week/

Ao longo dos últimos anos, tem sido possível verificar um aumento dos partidos anti Europa, assim como um aumento dos seus apoiantes. A maioria destes partidos emanciparam-se em proporcionalidade direta com a difusão do nacionalismo.

Prevê-se, com base na percentagem que estes partidos representam em cada um dos 27 Estados Membros, que alcancem de 33% a 44% de votos nas eleições vindouras em maio de 2019 para o Parlamento Europeu. A influência que os partidos supra mencionados podem adquirir no Parlamento Europeu pode aproximar a Europa de um fim que todos julgavam longínquo. A representação destes partidos em mais de um terço no Parlamento pode levar a que tenham um papel crucial no processo de decisão e, dado que são partidos com uma clara posição contra a união, conduzir ao boicote de algumas políticas que possam vir a ser essenciais no progresso da União Europeia.

Algumas das principais ameaças à constituição e aos valores da união pelos novos partidos situam-se no comprometimento do estado de direito da União Europeia, diminuindo a legitimação da União como o exordial na luta pelo regime democrático, entre outros tantos que culminam no aumento da intolerância e do nacionalismo assim como a perturbação que podem vir a causar nas soluções da UE para a crise de migrações, de forma a comprometer o livre movimento de pessoas.

Apesar de todo o processo do Brexit ter demonstrado que a saída da União Europeia só impõe prejuízo para um país, os líderes de partidos nacionalistas por toda a Europa ainda acreditam, e tentam iludir os seus cidadãos, que a saída da União Europeia não trará qualquer custo adicional para o país. Tal como Macron afirmou, nunca a União Europeia foi tão necessária e nunca esta se encontrou de tal forma em perigo. O presidente Francês identifica o Brexit como a crise da União Europeia.

De modo a combater este fenómeno, que se tem difundido pela Europa mais do que se esperava, o principal objetivo do Conselho Europeu das Relações Externas é mostrar às massas de que forma as políticas dos partidos anti Europa assim como a sua influência no parlamento pode sacrificar o futuro do projeto europeu; além disso, o conselho quer mostrar aos cidadãos um projeto revigorado e esperançoso para o futuro da União e, dessa forma, conseguir que a maioria pro-Europa se expresse através das votações.

Para que consigam chegar aos cidadãos que acreditam no futuro do projeto europeu, os lideres do conselho prevêem uma intervenção através de cinco diferentes táticas - estas táticas têm como principal objetivo mostrar aos cidadãos o benefício dos partidos pro Europeus e o quanto o aumento da percentagem de apoiantes e, por consequência, o aumento da quantidade de assentos parlamentares de partidos anti europa, pode prejudicar o futuro do projeto:
• Eleição através dos valores fundamentais, como o Estado de Direito e a liberdade de expressão, demonstrando aos cidadãos a necessidade de manter a supremacia de assentos no parlamento europeu para os partidos que apoiam o projeto, dado que os direitos humanos, liberdades individuais e a representação dos cidadãos e a sua intervenção na vida política são valores essenciais para a União Europeia;

• Eleição sobre prosperidade, mostrando aos cidadãos que as promessas de prosperidade dos líderes de partidos anti Europa são falsas, dado que pretendem controlar o investimento de certas zonas menos desenvolvidas, por conseguinte o estilo de vida dos cidadãos será afetado no sentido em que os cidadãos terão benefícios, no entanto concentrados em centros urbanos, ao invés da tentativa de equidade social e económica como é efetuado o investimento nos dias que correm;

• Eleição por justiça de impostos, dado que as instituições europeias são responsáveis por grande parte da cobrança de impostos às empresas de grande escala e assim mostrando uma solução sólida para algumas manifestações, permitindo uma maior transparência fiscal e exigindo uma percentagem de responsabilidade às empresas de grande escala;

• Eleição verde, através das medidas que prevêem uma melhor qualidade de vida através do combate ao aquecimento global, constatando que a maioria dos partidos anti Europa se posicionam contra estas medidas;

• Eleição cavalo-de-Troia, no sentido em que seria acabar com a União do interior para o exterior por estarem a eleger, através do voto, para o assento parlamentar europeu, um partido que representa o fim da União e do projeto Europeu; aconselham que seja tomada extrema atenção às políticas previstas por cada partido para que não sejam surpreendidos.


Em suma, as discussões do dia vão manter-se durante algum tempo, mesmo após as eleições, de modo a que se solucionem todos os problemas existentes na União; no entanto, as eleições vindouras vão ter um impacto extraordinário no futuro, tanto a curto como a longo prazo, sejam estas pelo aumento de assentos anti Europa, a sua diminuição ou o seu comportamento estático. O que importa agora é virilizar o conceito e ideia de uma União forte e esperançosa para que os cidadãos que apoiam o projeto se manifestem nas eleições para o Parlamento Europeu e compreendam a importância do seu voto.





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